Antes do jogo desta noite "todos" diziam que seria um passeio no parque, que a equipa cazaque é o elo mais fraco do grupo e que o Benfica ganharia facilmente, mas a verdade é que não foi pêra doce.
Reparem que coloquei todos entre aspas, porque o discurso dos jogadores, equipa técnica e dos corpos dirigentes foi sempre de muito respeito pelo campeão do Cazaquistão, fundado em 2009 (sim, é verdade!).
Em equipa que ganha não se mexe e, depois da meia dúzia de pasteis de nata, o treinador Rui Vitória decidiu repetir a equipa. Entraram em campo: Júlio César; Nélson Semedo, Luisão, Jardel e Eliseu; Samaris e Talisca; Gonçalo Guedes, Gaitán, Jonas e Mitroglou. De salientar as estreias nestas andanças de Liga dos Campeões dos miúdos Nélson, Guedes e do treinador Vitória.
O jogo foi sempre equilibrado, como é hábito a este nível, com o Benfica com mais pendor ofensivo e o Astana a defender com um bloco muito baixo. Esta estratégia impedia o Benfica de jogar como gosta mais, com ataques rápidos usando a largura do campo, e permitia aos cazaques alguns contra-ataques, apesar de não apresentarem grande perigo.
Logo no início da 2ª parte, numa jogada que nem parecia muito perigosa, o Astana atira ao poste, que em vez de assustar o Glorioso parece que acordou o monstro. Aos 51 minutos grande jogada da estrela argentina. Gaitán tabelou com o grego Mitroglou (que fez um jogo de muita entrega) e cavalgou sozinho área dentro até rematar rasteiro e sem hipótese para Nenad Eric.
É GOOOOOOOOOLOOOOOOOOOOO DO BENFICA! Estava feito o mais difícil. O adversário sentiu muito o golo e não teve reação.
A partir do golo o Benfica desabrochou e voltámos a ver o futebol bonito que tanto gostamos. Passados 10 minutos a estocada final! Gaitán começou a jogada e combinou com o Eliseu, que apareceu sozinho na área e só teve de assistir o grego Mitroglou, que marca fácil.
É GOOOOOOOLOOOOOOOOO DO BENFICA!
Quando o jogo já estava decidido entraram Pizzi (72'), Raúl Jiménez (76') e Fejsa (85'), para os lugares de, respetivamente, Jonas, Talisca e Samaris.
Houve mais oportunidades até final do jogo, mas o resultado pareceu-me justo, para o que as duas equipas fizeram. Entrada com o pé direito numa competição onde estão as 32 melhores equipas da Europa e que nunca tem jogos fáceis. Todos os pontos são saborosos, mas as vitórias sabem a 1,5 milhões de euros.
O homem do jogo foi, sem dúvida nenhuma, Nico Gaitán.
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